sábado, 18 de maio de 2013

Maturidade

Escrevi seu nome na parede do meu quarto pra me acostumar com a presença dele, sem que me provoque qualquer reação não natural.
Pra eu me acostumar com a ideia de que você é uma pessoa normal, que eu idealizei.
Pra aceitar que você simplesmente nunca esteve proporcionalmente interessada em mim como eu em você.
Porque eu decidi que não vou alimentar nenhum desgosto mais nessa vida.
Jurei pra mim mesmo que eu não vou mais brigar, me esconder, me anular.
Eu vou ser feliz independente de qualquer pessoa e situação.
Já comecei a me acostumar com o seu nome na minha parede, como quem se acostuma com um detalhe na paisagem que encara todos os dias pela janela do ônibus. E você se tornou um detalhe, que eu prefiro lembrar como bonito, de uma paisagem que já passou. Hoje, são outros céus...

O que passou... passou!

Eu estou em branca paz, feliz e liberto. Não livre do amor, mas livre da imaturidade. Sabendo que outras situações parecidas podem ocorrer outras tantas vezes, mas a maneira como eu vou encará-las, COM CERTEZA, nunca mais, será a mesma.
Isso é o que eu chamo de maturidade: aprender em amor, com o amor, sobre o amor.

sábado, 11 de maio de 2013

Não sei dizer

Muitas vezes, mesmo com o coração gritando, não sabemos o que falar.
Não conseguimos por em palavras tudo aquilo que estamos sentindo.
Há muito tempo venho guardando cicatrizes tão profundas que acho que elas estão indizíveis.
Eu não aguento mais sufocar as palavras dentro de mim.
Tenho uma tristeza tão forte, tão grande, tão... minha!

Estão todos rindo na cozinha e meu coração, no quarto, urrando de dor.
Às vezes choro, às vezes finjo que estou rindo também...