sábado, 28 de abril de 2012

Palavras, apenas palavras.

Se eu canto é porque não sei mais dizer.
Às vezes faço verso.
Quase nunca rimo.
Me jogo num oceano de palavras mas quase nunca sei qual pescar. Elas vêm. E eu me rendo. Não sei impedir as palavras de virem à tona. Elas são fortes demais. Quando estão dentro de mim, explodem. E eu não aguento mais implodir.   Sou quase um homem-bomba sentimental. E eu vou explodir. Sempre. Vez por vez.
Algumas vezes, sem querer, algumas palavras amargam dentro de mim. E eu tento impedi-las de sair a qualquer custo. E elas apodrecem, causam indigestão.
Eu acho engraçado o poder que as palavras têm. Elas animam, curam, ferem, machucam, espancam, amam. Já levei muitas surras de palavras. Dessas de deixar a gente moidinho no chão. Algumas vezes bati também. Me arrependi. Outras tantas, só apanhei. Não acredito que um tapa se cura com outro. Como minha mãe sempre diz, ninguém resiste ao amor. Nem mesmo as palavras.
Eu canto porque o verso existe.
Nem sempre rima.
Mas sempre vão existir palavras pra se cantar.

2 comentários:

  1. É uma delícia ler você Alysson. Devia ter te seguido antes!

    ResponderExcluir
  2. Primeiro, adorei a imagem de perfil.
    As palavras tomam conta da gente, e quanto mais tentamos impedí-las de se manisfetarem, mais elas se julgam no direito de nos reprender. Aprendi que já que elas existem, o melhor é deixar que elas façam o que precisam fazer. Se elas machucam? Sim, podem machucar, mas também podem fazer grandes coisas, fazerem renascer sentimentos. Elas não existem sozinha, mas é como se nem sempre estivessem dispostas a nos obedecer.

    Até mais ver

    ResponderExcluir

Obrigado pela visita e comentário. Que possamos redescobrir sempre, e sempre juntos, muitas coisas boas!