sábado, 13 de julho de 2013

Um fim é sempre Um Novo Começo

(texto dedicado à todas as pessoas que, apesar de tudo, acreditam em si mesmas)

Já disse isso uma porção de vezes por aqui: eu não sei mesmo se alguém vai estar lendo o que escrevo. Nunca fui bom com números. E, na verdade, isso não me importa. Não escrevo para ninguém além de mim. Às vezes volto aqui e começo a reler coisas, reviver coisas, aprender. Lembro bem que quando decidi criar um blog, resolvi criar uma página onde pudesse desabafar, pôr pra fora tudo aquilo que me sufocava. Sem enfeites. Sem querer mascarar qualquer coisa ou posar de intelectual, ou fazer gênero. E sempre foi assim. Esse espaço, sempre foi a foz do rio da minha vida com o mar dos meus sentimentos. Meus sentimentos sempre foram (e são!) mar: forte, revolto, imprevisível. Mas, chega uma hora na vida da gente, onde a gente precisa de calma e serenidade. E eu preciso. Preciso urgentemente pôr as coisas no lugar, em ordem. Preciso encontrar aquele espaço de equilíbrio, onde eu possa fechar os olhos e sentir paz (na consciência, no coração, na alma). Não sei se todos vocês (ou quem quer que esteja lendo) já passaram por isso, mas, eu estou em processo de mudança: de mente, de vida. Estou amadurecendo, de dentro pra fora. É um processo doloroso, porém extremamente necessário, de desapego e abandono de muitas coisas que atrapalham nossa evolução enquanto seres humanos. Acredito que nós evoluímos quando decidimos melhorar. E eu estou disposto. Mais que isso, eu estou determinado. Cansei de ficar "à toa na vida, vendo a banda passar". Estou muito cansado de tudo. A vida está cansativa, morna, sem gosto. Eu preciso desse tempo de luta comigo mesmo para simplesmente sair do meu comodismo e viver. Viver de verdade: com vontade e intensidade. Tenho a imensa sensação de que a vida está passando por meus olhos sem que eu viva. E, pra isso, vou abandonar, pelo menos por um tempinho, qualquer outra vida que não seja a real.

Talvez, um dia, eu volte, mas não pra cá. Mudar faz parte da mudança. Se eu voltar, vai ser pra outra vizinhança e, talvez, quem sabe, a gente até se encontre por lá...

Deixo vocês com o mestre Cartola que sempre consegue traduzir, em poesia cantada, o que sinto:



"Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...
Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver...
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Depois que me encontrar..."

Um abraço!