quarta-feira, 27 de março de 2013

como se eu soubesse

como se eu soubesse alguma coisa nessa vida,
me arrisco escrever sobre sentimento
metido que sou, exponho o meu ridículo
achando que, talvez, a tragédia esconda alguma beleza
atrevido, atiro verdades
comedido, mostro a cara no que escrevo
não tenho necessidade de reconhecimento
tenho necessidade de sentimento compartilhado
de delicadezas genuínas,
de gente!
de inocências que talvez só existam em livros
de músicas que já não se cantam mais
de abraços que nunca dei
de gente que não conheci e já morreu
daquela história que me contavam e já não contam
porque perdeu a graça e o sentido: eu já cresci!
mas, às vezes, sou aquela mesma criança ansiosa
que não consegue dormir sem historinha
o leão que ruge durante o dia e gatinho que ronrona durante a noite
desequilibrado, carente, feroz
tão prepotente que até se dá licença poética!