quarta-feira, 27 de março de 2013

como se eu soubesse

como se eu soubesse alguma coisa nessa vida,
me arrisco escrever sobre sentimento
metido que sou, exponho o meu ridículo
achando que, talvez, a tragédia esconda alguma beleza
atrevido, atiro verdades
comedido, mostro a cara no que escrevo
não tenho necessidade de reconhecimento
tenho necessidade de sentimento compartilhado
de delicadezas genuínas,
de gente!
de inocências que talvez só existam em livros
de músicas que já não se cantam mais
de abraços que nunca dei
de gente que não conheci e já morreu
daquela história que me contavam e já não contam
porque perdeu a graça e o sentido: eu já cresci!
mas, às vezes, sou aquela mesma criança ansiosa
que não consegue dormir sem historinha
o leão que ruge durante o dia e gatinho que ronrona durante a noite
desequilibrado, carente, feroz
tão prepotente que até se dá licença poética!

2 comentários:

  1. Ah, que bonito!
    Adoro o que escreve, é sempre o que tô precisando ler, sentir...

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  2. Oi Alysson! Cheguei! :)
    Nem me fale em sentimentos compartilhados...
    Eu era dessas, até que aprendi que nem todo mundo gosta de compartilhar sentimentos (ou que nós compartilhemos) o fato é: O importante é sentir.
    Eu fiz aniversário agora em março, um dos comentários foi o seguinte: "Continue sendo um Gregório de Matos, Boca do Inferno. Elogio, pois, assim como ele, vc gosta de expressar de forma verdadeira tudo que se passa na sua cabeça sem se importar com as críticas a receber sendo boas ou ruins."

    Falo, falo demais (as vezes coisas inúteis, admito), sincera demais, transparente demais. Sendo assim, prepotentes que somos, vamos nos dar licença poética.

    Beijo.

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Obrigado pela visita e comentário. Que possamos redescobrir sempre, e sempre juntos, muitas coisas boas!